Há dez dias parados, servidores da Saúde Estadual decidem manter greve

Lutando bravamente não por aumento salarial, mas para manter seus direitos, os trabalhadores estaduais da Saúde lotaram o

greve3Lutando bravamente não por aumento salarial, mas para manter seus direitos, os trabalhadores estaduais da Saúde lotaram o hall da Assembleia Legislativa de Goiás nesta terça-feira, dia 27 de setembro, com a realização de uma assembleia geral para discutir os rumos da greve da categoria.

Há nove dias parados, os servidores deliberaram em votação que a greve continuará por tempo indeterminado até que o governo Marconi Perillo (PSDB) negocie com a categoria. “Não vamos retroceder um milímetro das nossas reivindicações. Já estamos há seis anos sem receber a data-base. Nos tiraram o enquadramento do Plano de Carreiras e agora o governador quer saquear mais ainda o nosso salário tirando a gratificação por Produtividade. Queremos apenas que os nossos direitos sejam respeitados”, reforçou a presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde no Estado de Goiás (Sindsaúde), Flaviana Alves.

greve1O movimento grevista contabiliza mais de 40 unidades paralisadas em todo o Estado e cerca 2 mil servidores cruzaram os braços frente as constantes retiradas de direitos. Nas unidades paralisadas, os serviços de urgência e emergência e os atendimentos nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) estão sendo realizados normalmente.

A categoria reivindica o pagamento dos seis anos de Data-base (2007 a 2010, 2015 e 2016), além da manutenção da Produtividade como consta na Lei 14.600; cumprimento do Plano de Carreiras e melhores condições de trabalho e de assistência.

Caminhada
greve2Após a assembleia, os servidores saíram em caminhada até o Palácio Pedro Ludovico Teixeira para protocolar um ofício solicitando a abertura de diálogo com o governo de Goiás e iniciar o processo de negociação da pauta de reivindicações.

Quando o movimento em frente ao palácio já tinha terminado e os servidores já se deslocavam para a Assembleia Legislativa, a direção do Sindsaúde foi comunicada que o carro de som que estava no ato tinha sido preso pela Polícia Militar (PM), a poucos quilômetros da Praça Cívica.

A atitude foi repudiada pelos dirigentes sindicais e pelos trabalhadores, que não podem ser coagidos no direito à livre expressão do pensamento, de se manifestar pacificamente e, neste caso, de greve.

Acampamento montado
assedioDurante os dias de semana, o Comando de Greve está instalado em frente à Assembleia Legislativa de Goiás, funcionando até às 21 horas. “Nas unidades que possuem Urgência/Emergência serão garantidos os 30% de atendimento. Já nas demais, a ordem é parar todo mundo”, esclarece o presidente do Soego, José Augusto Milhomem. “Os servidores podem assinar o ponto aqui, na Assembleia e, aos fins de semana, o comando de greve migra para o Sindsaúde”, complementa.

AMEAÇA – Caso algum trabalhador se sinta ameaçado por gestores da unidade ao aderir à greve, deverá denunciar o caso diretamente ao Comando de Greve, que irá tomar providências junto ao Ministério do Trabalho e Emprego e ao Ministério Público do Trabalho. “Dependendo do nível da ameaça, o trabalhador poderá fazer, inclusive, um boletim de ocorrência na delegacia mais próxima”, instrui Milhomem.

Fonte: CUT / Sindsaúde-GO (editado por Soego)

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