Mesmo sob pressão judicial, servidores optam por manter greve

Em assembleia na manhã desta sexta-feira, dia 24, os trabalhadores municipais da Saúde de Goiânia decidiram manter a

Apesar da pressão da Justiça, servidores da Saúde mantém greve. (Foto: Sindsaúde)

Apesar da pressão da Justiça, servidores da Saúde mantém greve. (Foto: Sindsaúde)

Em assembleia na manhã desta sexta-feira, dia 24, os trabalhadores municipais da Saúde de Goiânia decidiram manter a greve na rede municipal de saúde em face da resistência da Prefeitura de Goiânia em negociar a pauta de reivindicação. No entanto, os servidores darão continuidade a mobilização atendendo a decisão do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO). A liminar do desembargador Alan Sebastião de Sena Conceição determinou a manutenção de 90% do quadro de servidor@s nas unidades de saúde. Após a assembleia, o comando de greve continuou reunido na Câmara Municipal para traçar as novas estratégias do movimento.

As entidades esclareceram que dos quase 10 mil servidores lotados na Secretaria Municipal de Saúde, cerca de mil continuarão em greve e mobilizados para garantir que a Prefeitura de Goiânia atenda às reivindicações e devolva todos os direitos retirados.

“A greve continua porque nenhum dos itens reivindicados pelos servidores foi atendido. Em todas as reuniões, a Prefeitura de Goiânia nunca apresentou uma proposta concreta que atendesse toda a pauta de revindicacão do movimento. Por isso, permaneceremos mobilizados com as mesmas reivindicações e determinados”, enfatizou a presidente do Sindsaúde, Flaviana Alves.

O presidente do Soego, José Augusto Milhomem, criticou a decisão da justiça, que praticamente mantém a situação de precariedade das unidades sem cobrar, do município, medidas que garantam condições de trabalho e atendimento digno à população. “O problema da Saúde em Goiânia, neste momento, não é a greve. A greve aconteceu justamente devido aos inúmeros problemas políticos, administrativos e de gestão na área da Saúde, que se tornaram intoleráveis. Não existem condições de trabalho dignas para assistir à população. Se as Vigilâncias Sanitárias tivessem com o poder público o mesmo rigor que possuem com as instituições privadas, grande parte das unidades públicas de Saúde sequer estariam abertas”, desabafou.

O Soego realiza, nesta segunda, dia 27, às 8 horas, em sua sede, assembleia geral extraordinária para definir de que forma os cirurgiões-dentistas continuarão integrando o movimento, tendo em vista a decisão judicial.

Suspensão
A Assessoria Jurídica do Sindsaúde vai entrar com um agravo regimental pedindo a suspensão da liminar. Até que saia a decisão judicial, os trabalhadores cumprirão um cronograma de atividades mantendo o movimento ativo com portecentagem estipulada pela Justiça. Uma nova assembleia já ficou agendada para a próxima terça-feira, dia 28, às 8h30, no Auditório Jaime Câmara da Câmara Municipal.

Ainda durante a assembleia, estiveram presentes representantes de várias entidades que se solidarizaram com os trabalhadores da Saúde e da Educação. Nos últimos dias, durante atos pacíficos no Paço Municipal, os servidores foram agredidos gratuitamente pela Guarda Municipal com spray de pimenta e cassetetes.

Soego com Sindsaúde

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