Ipasgo: Assembleia contra o descredenciamento é nesta quinta, dia 30, às 19h, na Assembleia Legislativa

Atenção, a Assembleia do Soego com cirurgiões-dentistas cadastrados ao Ipasgo mudou de local! Será no Auditório Costa Lima,

O Sindicato dos Odontologistas no Estado de Goiás (Soego) convoca os cirurgiões-dentistas credenciados ao Ipasgo para assembleia no dia 30 de março, quinta-feira, às 19 horas, no Auditório Costa Lima da Assembleia Legislativa de Goiás (Alameda dos Buritis, 231 – Setor Oeste, Goiânia – GO), para discutir a decisão do Instituto em realizar o descredenciamento de todos os profissionais conveniados à instituição, sob o argumento de promover um novo recadastramento geral de sua rede de prestadores. A decisão vale para pessoas físicas e jurídicas.

“O problema não é abrir o credenciamento a novos profissionais. Isso, periodicamente, é mais do que necessário. O que nós questionamos é a necessidade de ter que descredenciar todos os profissionais e começar do zero, novamente. A medida fere gravemente a relação de confiança entre o profissional de saúde e o paciente, pois ameaça a continuidade de todos os tratamentos em curso”, pontua o presidente do Soego, José Augusto Milhomem.

A argumentação do Ipasgo, frágil na opinião do sindicato, é a de igualar perante a legislação atual a condição para ingresso à rede de prestadores. “Como você pode igualar profissionais que ingressaram em momentos e contextos diferentes? E aqueles que estão credenciados ao Ipasgo antes de 1988? E o direito dos profissionais que já passaram por processo de seleção e, atualmente, são prestadores e estabeleceram uma relação de confiança junto aos usuários do plano? Para corrigir distorções na rede não é necessário fazer o expurgo de profissionais que dedicaram suas vidas aos usuários do Ipasgo. Eles merecem consideração e respeito. O Soego, em parceria com as demais entidades, vai buscar o diálogo com a administração da autarquia, na perspectiva de que este método escolhido pela instituição possa ser revisto, resguardando o direito dos atuais profissionais credenciados se recadastrarem e se manterem como prestadores do Ipasgo”, enfatiza Milhomem.

Falta de respeito
A cirurgiã-dentista Sílvia Amélia Milagres Neves, clínica-geral, já está na Odontologia há quase duas décadas. Deste período, os últimos 12 anos foram especialmente dedicados aos cerca de 600 mil usuários do Ipasgo. “Eu já perdi a conta de quantos pacientes atendi pelo Ipasgo ao longo dos anos. Eu e minha colega de consultório, a Dra. Aline, estabelecemos uma relação de muito carinho e respeito com os usuários. Essa decisão do Ipasgo me deixou sem chão, porque os critérios são completamente injustos para nós, que estamos no mercado de trabalho há mais tempo”, afirma.

Os critérios apontados por Sílvia estão presentes no edital de recadastramento, que privilegia apenas os profissionais que promoveram atividades significativas em sua área de atuação nos últimos cinco anos. “No meu caso, e no de várias colegas que eu conheço e que atuam comigo junto aos usuários do Ipasgo, nos últimos cinco anos nós fomos mães. Eu tive duas filhas. A dra. Aline teve um, ou seja, quase tudo o que fizemos nos anos anteriores, antes destes cinco anos, e está no nosso currículo, ou não vale como pontuação no critério de seleção, ou vale muito pouco. O edital claramente beneficia profissionais recém-formados, com pouco tempo de atendimento clínico, que podem ter um excelente currículo teórico. Mas o que irá atestar a experiência prática, já que no edital não prevê esse tipo de avaliação?”, questiona.

Um outro problema apontado por Sílvia é a descontinuidade no tratamento de vários pacientes. “Tenho um paciente do Ipasgo, um senhor, com oito restaurações a serem feitas. Destas, cinco são coroas. Todas as sessões desse paciente já estão marcadas comigo até o final do ano. Como eu vou chegar nele e dizer que terei que interromper seu tratamento? Vou simplesmente passá-lo para outro profissional? O que o usuário e o profissional de saúde significam para o Ipasgo? Na minha concepção, ou é nada, ou é muito pouco, porque essa decisão fere a nossa história, a nossa dignidade e, sobretudo, a relação de confiança com nossos pacientes”, desabafa.

Confira o chamamento da direção do Soego:

 

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