Diante da decisão do prefeito de Goiânia de descumprir a lei não pagando a data-base 2014 com a retroatividade e deixando de garantir outros direitos, servidores da Saúde decidiram paralisar suas atividades a partir desta terça-feira, dia 17, em locais e dias pré-determinados. A decisão foi tomada no último dia 13, durante assembleia realizada pelas entidades representativas dos servidores da saúde do município (Sindsaúde, Soego, Sinfar e Sieg), no Auditório Jaime Câmara da Câmara Municipal.
Os trabalhadores definiram que as paralisações ocorrerão de forma escalonada até o fim do mês março em uma unidade de cada vez. O objetivo é fortalecer ainda mais o movimento e decretar uma possível greve geral, caso até lá, o prefeito não negocie o pagamento da data-base com a retroatividade. A primeira unidade a suspender o atendimento nesta terça, dia 17, será o Cais Chácara do Governador, durante a manhã e, possivelmente, à tarde.
No dia 19 de março, quinta-feira, será a vez do Cais de Campinas, no mesmo horário. As paralisações ainda ocorrerão:
:: Dia 24 – Cais do Bairro Goiá;
:: Dia 26 – Cais Curitiba;
:: Dia 30 – Crof;
:: Dia 31 – Cais Vila Nova.
No mês de abril será convocada uma nova assembleia para avaliar a mobilização podendo resultar em greve geral. Durante a assembleia, representantes das entidades reforçaram a necessidade da unidade do movimento. “Todos os setores devem aderir. Precisamos de unidade e mobilização conjunta para reverter esse quadro desfavorável para a Saúde goianiense”, disseram.
Outras ações
Os servidores também definiram outras ações para garantir que o prefeito pague a data-base 2014 e 2015 com a retroatividade e garanta melhores condições de trabalho. Foi eleito um comando de greve que norteará as ações. As entidades também vão convidar os demais sindicatos que representam o funcionalismo municipal para aderir à mobilização. Além disso, irão pressionar os vereadores para que apoiem as emendas ao projeto da data-base 2014 e 2015 concedendo o reajuste com a retroatividade para todo o funcionalismo municipal.
Um novo projeto da Prefeitura enviado à Câmara, no último dia 26, propõe o pagamento da data-base 2014 (6,28%) em abril e parcela em três vezes o reajuste de 2015 (7,36%). Ambas sem a retroatividade. “Nenhuma proposta será aceita se o pagamento da retroatividade não estiver previsto” destacaram os trabalhadores.
Participaram da Assembleia, pelo Soego, José Augusto Milhomem, Shirley Ferreira Silva e Wanderlei Moreira Alves.
Soego com Sindsaúde/GO